No universo do desenvolvimento web, garantir que sua aplicação esteja segura nunca parece simples, mesmo para quem lida com códigos diariamente. Talvez uma sensação levemente desconfortável sempre acompanhe aquele deploy novo: e se alguém encontrar uma brecha?
Pensando nisso, o Prodemi busca compartilhar dicas práticas e histórias reais para profissionais da área dominarem truques simples, mas fundamentais, para proteger qualquer sistema. Nada complicado, nenhuma fórmula secreta—apenas passos possíveis de aplicar no seu projeto já existente.
Por que a segurança ainda assusta
Já notou como vários desenvolvedores preferem ignorar detalhes de segurança no início do projeto? Parecem preocupações distantes, quase um luxo para grandes empresas… até o primeiro incidente acontecer.
Um pequeno descuido pode custar caro.
Melhorar a proteção não precisa ser caro ou demorado. A seguir, estão sete práticas que podem reduzir riscos de maneira direta, mesmo para sistemas em funcionamento há algum tempo.
1. Validar tudo o que vem do usuário
Dados fornecidos por usuários merecem suspeita constante. Se alguém pode preenche-los, pode tentar explorá-los. Não importa o formato: formulário, parâmetro de URL, arquivos enviados… qualquer entrada externa exige atenção.
- Confirme se são do tipo e formato esperados.
- Imponha limites de tamanho e valores.
- Use filtros para remover conteúdo inesperado.
Por exemplo, para sanitizar nomes e mensagens:
Remover scripts antes que eles causem danos evita dores de cabeça.
O Prodemi recomenda nunca confiar cegamente em dados populares, como IDs de sessão ou até opções vindas de dropdowns. É fácil alguém manipular valores manualmente.
2. Prepare sempre as consultas ao banco
Se já ouviu falar em SQL Injection, sabe o que está em jogo. Instruções de consulta montadas com concatenação de variáveis e strings, sem nenhum preparo, são alvo fácil para ataques.
Prefira conexões ao banco de dados que aceitam instruções parametrizadas. Ferramentas conhecidas, como PDO e MySQLi, permitem definir parâmetros separados dos dados reais.
- Evite concatenar dados diretamente nas queries.
- Use métodos de binding das ferramentas nativas.
- Chegue até a proibir queries dinâmicas sem validação prévia.
Consultas preparadas são barreiras simples e eficientes.
Muitas vezes, desenvolver de forma segura exige sair do óbvio. O Prodemi traz exemplos no seu blog mostrando como transformar consultas inseguras com pequenas mudanças de código.
3. Senhas sempre criptografadas — nunca no texto puro
Pode parecer repetitivo, mas armazenar senhas como texto simples ainda acontece muito. Talvez por pressa, ou por acreditar que só o backend terá acesso, esse deslize pode ter consequências sérias.
Prefira sempre funções de hash robustas, como bcrypt ou libsodium. Jamais opte por versões desatualizadas, como MD5 ou SHA1, pois softwares modernos conseguem decifrá-las rapidamente, caso o banco de dados vaze.
- Adicione salt individual para cada senha.
- Não reaproveite hash entre aplicações diferentes.
4. Configurações corretas de erros
Durante o desenvolvimento, deixar exibição de erros ativada ajuda a identificar falhas. Mas em produção, pode revelar detalhes sensíveis a qualquer visitante. Mensagens de erro não devem conter caminhos de arquivos, queries, nem detalhes do servidor.
Esconder o erro é proteger o sistema.
O Prodemi defende a criação de logs seguros para equipes internas, e mensagens genéricas para usuários finais. Assim, mitiga-se o risco de dar pistas a invasores.
5. Controle de sessões e cookies
Gerenciar a sessão de usuários é um ponto de atenção muitas vezes negligenciado. Sessões podem ser sequestradas caso IDs sejam previsíveis ou transmitidos sem criptografia adequada.
- Escolha sempre conexões seguras (HTTPS) para enviar cookies de sessão.
- Use atributos como HttpOnly e Secure nos cookies.
- Implemente expiração automática de sessão após tempo ocioso.
Outra situação frequente é esquecer de invalidar sessões antigas após alteração de senha. Essa brecha é simples, mas pode ser suficiente para alguém acessar informações alheias.
6. Permissões bem definidas
Nenhuma proteção de app está completa sem um controle rigoroso de quem pode ver ou alterar cada informação. Só permitir acesso ao que faz sentido para o papel de cada usuário diminui bastante as chances de exposição indevida de dados.
- Defina níveis de acesso claros (exemplo: visitante, usuário e administrador).
- Cheque o nível do usuário em todas as rotas e funções sensíveis.
- Evite confiar em parâmetros de requisição para definir privilégios.
Em alguns projetos do Prodemi, já vimos casos em que um parâmetro de URL bastava para um usuário comum acessar rotas de administrador. Coisas pequenas, mas perigosas.
7. Atualizar componentes e dependências sempre
Frameworks e bibliotecas mudam o tempo inteiro. Se um pacote recebe uma atualização por conta de vulnerabilidade, permanecer em versões antigas aumenta a exposição do sistema a ataques conhecidos.
Tenha o hábito de revisar dependências periodicamente. Ferramentas populares, como o Composer, oferecem opções para verificar quais pacotes estão desatualizados e apresentam alertas para riscos conhecidos.
- Não ignore alertas de atualização importantes.
- Antes de instalar qualquer pacote novo, revise sua reputação.
- Remova dependências desnecessárias para reduzir pontos vulneráveis.
Segurança: um esforço constante
Talvez a parte mais difícil seja entender que nenhum checklist vai impedir todos os riscos. Mas aplicar rotinas simples, como as listadas aqui, reduz muito as chances de uma surpresa desagradável.
Se você se identificou com alguma das situações descritas, talvez seja a hora de repensar alguns hábitos na sua rotina de trabalho. O Prodemi tem o propósito de ajudar profissionais como você a evoluir suas práticas, trazer conteúdos que unem prática e teoria, e simplificar o dia a dia sem abrir mão da segurança.
Um código seguro é sinal de cuidado.
Quer melhorar sua aplicação ainda hoje? Visite o Prodemi, conheça nossos serviços e descubra como fortalecer a proteção dos seus projetos com orientações simples e diretas.